sexta-feira, 26 de outubro de 2018

Casados e felizes para sempre, amém!

Em 29 de novembro de 2015, escrevi um texto que o posto novamente para reflexão sobre a seguinte expressão: "Casados para Sempre". Na data minha alma gemea não quis nem comentar o texto pois não concordou comigo.
Foi assim: "Hoje, estava almoçando e entrou sozinho no restaurante um senhor com uma camiseta preta, com a seguinte frase: “Casados para Sempre”. Logo vi que ele era religioso e possivelmente participou daqueles encontros de grupo de casais.
O que realmente significa, Casados para sempre?
Pelo menos o compromisso que fiz com a minha esposa em juramente na Igreja, tendo como testemunhas, o Pastor Wanderley da Primeira Igreja Batista de Goiânia, os padrinhos dela e os meus, os nossos pais, irmãos e convidados, foi: “Até que a morte nos separe.” Depois, cada um segue o seu caminho!
Pelo menos para um dos dois, que caminho em! Um segue a vida e o outro fica guardado até que a terra o devore!
Esse que seguir vivendo, pode encontrar outro alguém que poderá usar também a expressão, "casados para sempre". Ou estou errado?
Será que o significado de casados para sempre é acreditar na eternidade?
Existe aí um pensamento utópico, de crença, de paraíso e inferno e muitas outras formas de credos.

Coloquei esta foto das mãos da minha nora e do meu filho que hoje (26/11/2018) completam 5 anos de casados.

Um bom tema para discussão!
Na semana passado um colega que cursa jornalismo na Faculdade Sul Americana em Goiânia, me passou um questionário com 6 perguntas sobre o Poliamor, para ajudá-lo em um trabalho.
Respondi seu questionário, mas, por motivos de viagens não consegui enviar para ele em tempo de fazer sua apresentação.
Aí vem uma pergunta: você pensa que o amor sempre fez parte do casamento?
Segundo o Professor Laércio Fonseca, especialista em relacionamentos, "o casamento é a morte do amor".
Entendo que o Poliamor é uma inovação recente. Na realidade, o casamento sempre foi considerado uma coisa muito séria para que nele entrasse qualquer tipo de emoção. Mas quando as pessoas passaram a buscar nesse tipo de vínculo para uma realização afetiva e de prazer sexual, a vida a dois passou a ser fonte de grande frustração.
O casamento obriga homens e mulheres a viver dentro de regras e normas estabelecidas pelas igrejas e pela sociedade, visando ao controle da liberdade de cada um. É na área afetiva e sexual que as limitações são mais claras. Você só deve amar uma única pessoa durante anos e somente com ela pode fazer sexo (que muitos preferem chamar de "fazer amor" pois, sexo leva ao pensamente de algo sujo e vergonhoso).
É comum várias pessoas terem características que nos agradam e nos atraem sexualmente. Então, fica difícil cumprir essas exigências. O resultado é muita gente infeliz, sem prazer de viver, talvez até que a morte os separe, ou tambémo divórcio.
Os casamentos só funcionaram bem quando os parceiros eram escolhidos pelas famílias, bem como, por interesses econômicos e políticos. Homens e mulheres casavam sabendo antecipadamente tudo o que os aguardavam. Bastava o homem ser provedor e respeitar a família; a mulher ser boa mãe e cumpridora de seus deveres de esposa, estava tudo certo (ela esquentava a barriga no fogão e esfriava no tanque de lavar roupa). Era um bom casamento, ninguém se decepcionava, e por isso não havia motivos para queixas, nem para separação. Li em uma estatística que em 1974 existiram 30 mil divórcios (nessa época era desquite) e agora recente, em 2014 foram 341 mil divórcios.
Em um casamento, o companheirismo, a solidariedade e o carinho vão aumentando na mesma medida em que o desejo sexual vai diminuindo. A explicação mais ouvida para isso é que a rotina do dia-a-dia transforma o sexo num hábito, e como tudo o que é habitual vai perdendo a sensação de prazer, ele vai sendo feito automaticamente. Há quem diga também, de forma conformada, que a emoção no sexo só existe mesmo, no início de uma relação, e o que resta depois de algum tempo de vida em comum, é uma grande amizade. A única coisa que não entendo, então, é por que temos que dar satisfação, ter compromisso de horário, dormir na mesma cama todas as noites, com uma pessoa amiga. Não seria muito melhor sermos livres e encontrarmos os amigos apenas quando sentíssemos vontade? Quem sabe assim, a emoção do sexo poderia ressurgir, e a vida, sem tantas obrigações desnecessárias, poderia ser bem mais interessante.
Na realidade, existe uma razão ainda maior para que no casamento o sexo se transforme em algo monótono e sem graça. É a ideologia da monogamia, que devido ao machismo que imperava, era adotada para a mulher e que de 30 anos para cá, passou a atingir também os homens. Atualmente, homens e mulheres cobram fidelidade sexual de seus parceiros. Sem dúvida, essa obrigação de um só poder se relacionar com o outro mina progressivamente a relação. Por um lado as pessoas se sentem apaziguadas e seguras, acreditando que o parceiro nunca terá olhos para ninguém. Por outro, a mesma certeza de posse e de exclusividade que faz as pessoas se sentirem garantidas no casamento, leva à acomodação, inibindo o desenvolvimento de uma vida sexual criativa com o parceiro. Não existindo mais o estímulo da sedução e da conquista, o sexo vai se deteriorando. Se tornando, mais do mesmo!
Daí fica difícil, esperar ser casados para sempre.
Em tempo: Este texto não reflete em sua totalidade os pensamentos de minha esposa e sim os meus, senão, a discussão começará em casa quando eu chegar de viagem! Rsrsrsrs..."

Jodenon e seus assuntos controversos.





domingo, 23 de setembro de 2018

Casamento é intimidade

Este texto é de Mônica Trindade e não reflete o meu pensamento no todo.

E eu já disse que é aquela intimidade que te desnuda nas suas mazelas. nos seus defeitos e naqueles coisas que você só faria se estivesse sozinho.
Casamento na rotina é mijar de porta aberta, tomar banho sem preocupar com seus corpo nada fitiness, soltar aquele pum sem receio de feder (e vai feder sempre), arrotar sem vergonha de ser alto, comer deixando maionese no canto da boca, gargalhar das coisas mais idiotas, sentar no sofá pra ver sua série favorita pelo celular com fone de ouvido, enquanto ele assiste aquele clássico do futebol na tv reclamando na sua cabeça.
Casamento é aquela coisa que você sonha quando está apaixonado e quando casa pensa: pra quê meu Deus?!? Kkkk
Casamento também é dia a dia duro.
É amanhecer de cara feita e no meio da manhã tentar consertar as coisas.
É reclamar que o outro não escovou os dentes pra ir dormir. Ou deixou a roupa em cima do rack do quarto. Ou não apagou a luz do banheiro... ou esqueceu de pegar água pra deixar ao lado da cama. Ou ainda, implorar pra tirar o cachorrinho da cama! (Por favor para de defender esse cachorro!).
Casamento depois de um tempo é pensar em como sair dele sem magoar o outro ou como permanecer nele sem se ferir tanto. E sobretudo sem precisar dizer algumas verdades com a boca porquê, já estão sendo ditas com os olhos!
Casamento é testar toda sua paciência, sua resistência. É você estar escrevendo esse texto e ele peidar alto e fedido e continuar jogando Ps4 ou comemorando um passe do artilheiro do campeonato como se nada tivesse acontecido.
Casamento na parte rotina íntima da mazela é isso.
E é uma das mais incríveis graduações na Universidade de relacionamento da vida que existe!
E você Resiste. Você Persiste. Você gradua.
Questão de tempo. Questão de Amor...

Texto: Mônica Trindade @moni.trindade

@mundotranta
@bianeppel
@jodenon23
https://prazerdocasamento.com.br/



sexta-feira, 3 de agosto de 2018

Recordações de uma namorada

GO/01/09/1980

Hoje achei a tua feição um tanto fria, para quem resolve encarar uma nova realidade, igual a nossa.
A vida é maravilhosa enquanto existe o amor, isso tudo é momentâneo, o calor humano necessita do "Ser" e vice-versa.
Se deixa-lo em paz, estarei abandonando uma batalha um tanto quanto maravilhosa, "lutarmos por aquilo que mais almejamos..."
No fundo do coração está acontecendo algo estranho em você e o que me preocupa é o gostar, se amamos, estamos felizes e sofrendo ao mesmo tempo... o entristecer em você também me preocupa, as estrelas ou melhor seu temperamento comparado a elas, pisca muito mais.
A sua personalidade continua a mesma, mas estou te estranhando muito, quando te conheci era uma maneira diferente que te encarava, hoje, olho pra você com amor, mas não o conheço, estás aflito, algo o perturba... vamos desate este nó e deixe a liberdade saborear esses momentos inesquecíveis, conte o que mais o oprime, vamos viver, amar e sentir a liberdade. 
Será que vale a pena?
Isso é uma pergunta que me atormenta sempre, mas viva sua liberdade e ame alguém que te adora acima de qualquer coisa.

Preta
23:40h

ET. Pra ver que sempre fui um atormentado! Rsrsrs...

quarta-feira, 18 de julho de 2018

A arte do amor infinito


Ciência oriental com mais de 4.000 anos de existência, o tantra usa o amor carnal para nutrir o espírito
Daiana Dalfito
Visto de muitas formas equivocadas no Ocidente, o tantra talvez seja mais conhecido por uma de suas práticas o “Sexo Tântrico”, mas essa ‘filosofia’ essencialmente prática tem por objetivo o desenvolvimento máximo e total do humano em seus aspectos, físicos, mentais e espirituais. 


A palavra “tantra” vem do sânscrito, uma das línguas oficiais da Índia, e é composta por duas raízes áusticas: “tan”, que quer dizer escuridão, e “tra”, que se refere à libertação. O tantra é um conjunto de práticas de origem hindu de natureza matriarcal, naturalista, sensorial e de combate à repressão e que vê o corpo como um dos caminhos para o conhecimento. 

O sexo é encarado pelos seguidores do Tantra como um canal de propagação de energias, uma via de conhecimento e é muito mais do que ‘o sexo afoito e agressivo’ propagado no Ocidente. O sexo tântrico busca a junção da força passiva e masculina de Shiva (deus da destruição que precede a criação) com a força criativa e feminina de Shakti (deusa mãe, energia cósmica dinâmica)

Ciência pura que determina o poder da transformação individual, o tantrismo prega que cada humano pode transformar a si mesmo e essa transformação precisa de uma metodologia científica encontradas em seus ritos. Para o filósofo Osho, o tantra é o grande ensinamento, que não dita mandamentos. “Ele não cuida do que fazes. Ele cuida do que és, do teu centro, da tua consciência.” 

Um dos mestres do tantrismo no Brasil é o professor Otávio Leal. Praticante de yoga e tantra há cerca de 20 anos, Leal começou dando aulas de hatha yoga - um sistema iniciado pelo yogi Swatmarama, na Índia do século 15 a.C. Há 15 anos, Leal foi iniciado no tantra pelo mestre Ananda Ran e hoje é co-diretor da Humaniversidade, em São Paulo. Nesta entrevista o professor fala um pouco sobre a ciência ‘tantra’ e o sexo tântrico. (Mais em: www.humaniversidade.com.br)

Jornal da Cidade - O que é o tantra?

Otávio Leal - É um modo de vida e não uma filosofia especulativa como as muitas que vemos no ocidente, não há a crença em algo específico. O tantra é amplo e tem origens tribais o que o afasta das formas civilizadas de pensamento, faz parte das práticas do tantra os mantras (sílabas ou poemas, geralmente em sânscrito, para cantar; se originaram no hinduísmo, mas são utilizados também no budismo e no jainismo), mandalas, posições de yoga, massagens e o ato sexual em si. No tantra um dos princípios se assemelha ao kavanah, pregado por Jesus, ou seja, fazer e agir com boa vontade. O tantra aponta para que as ações sejam praticadas de todo o coração, seja cozinhar, trabalhar, fazer amor ou qualquer outra coisa.

JC - O que é sexo tântrico?

Otávio - É uma das práticas de uma cultura ancestral de origem hindu. O sexo tântrico é ritualístico, meditativo, místico e absolutamente mágico e amoroso. Os praticantes do tantra se referem ao ato sexual como maithuna, ato sexual ritualizado, é o processo final, quando se é necessário uma preparação anterior através de outras práticas do tantra, como alguns tipos de yoga. Maithuna trabalha com a união dos princípios opostos de Shiva (masculino) e Shakti (feminino). No tantra, o sexo é encarado como forma de ativar a Kundalini, ou seja, a energia cósmica e primordial. 

JC - Quais os equívocos mais comuns cometidos por pessoas que não conhecem a prática? Por exemplo, muitas pessoas acreditam que o Kama Sutra é apenas um manual erótico, isso acontece também com o sexo tântrico?

Otávio - Não acredito em equívocos, pois creio que se não conhecem não praticam. Mas há erros quanto à interpretação por falta de informação. O Kama Sutra, por exemplo, não é um livro tântrico, mas têm raízes na cultura religiosa sânscrita. Hoje, como o tantra está muito ligado a hatha yoga, por exemplo, os equívocos são menores, mas muita gente crê que o tantra é apenas sexo. Em São Paulo há inúmeras casas de massagem com o nome “Tantra”, mas são apenas casas para a prática sexual não tântricas.

JC – Você já foi discriminado por trabalhar com o tantra?

Otávio – Não. Eu sou muito tranquilo em relação a outras pessoas e no meu estilo de vida eu não abro espaço para discriminação.

JC - Uma dúvida que surgiu dentre as pesquisas sobre tantra foi que os textos se referem sempre a relacionamentos entre homens e mulheres, mas não entre homossexuais. É possível praticar o sexo tântrico para os que optam pela homossexualidade?

Otávio – Sim. É possível, é natural desde que haja amor.

JC - Quais são as vertentes do tantra e suas principais diferenças?

Otávio - Existem três escolas principais, conhecidas como o caminho da “Direita”, “Esquerda” e do “Meio”. Eu trabalho com o tantra do meio, que busca equilíbrio na vida e em todas as suas áreas. As características do tantra - ou suas práticas – são, como o já dito, principalmente, o yoga, os mantras (sons de poder), as meditações sexuais ou não, as danças sagradas, as massagens terapêuticas e sensoriais, as respirações, os trabalhos com mandalas e a alimentação. Lembrando que o tantra é uma cultura. Em relação ao sexo tântrico, a linha da Direita não acredita no orgasmo e o vê como desperdício de energia, não tendo orgasmos nunca. Uma das pretensões do tantra é elevar a Kundalini, que é o “orgônio” e a libido. Na corrente da Direita, os praticantes crêem que a Kundalini é elevada através de uma vida, como dizemos, monástica. Os praticantes não fazem sexo nunca ou muito raramente, tentando conter o orgasmo. O sexo é sempre feito com o (a) companheiro(a). Para os seguidores da Direita, em relação à dieta, também não são aceitas as carnes, sendo que a alimentação é totalmente vegetariana. Os seguidores da Esquerda cultivam o orgasmo e sempre chegam ao ápice em suas relações. Para a Esquerda, existe a defesa da tese de que com um estranho o praticante do sexo atingiria um nível maior de prazer, pela erotização “da primeira vez”. No que se refere à alimentação são aceitos todos os tipos de carnes, preparadas das mais diferentes formas. O caminho do Meio pondera entre as duas linhas, Direita e Esquerda, e dá ao seguidor a possibilidade da escolha. A do Meio tanto faz se o praticante conhece e tem vínculos com o (a) parceiro(a). Da mesma forma que o sexo, os adeptos podem consumir, eventualmente, carnes brancas se desejarem. É preciso entender que a monogamia é uma tendência de cerca de 4.000 anos. Antes, valia o pensamento tribal, base do Tantra. Para povos “não civilizados”, valem os valores de sinceridade e verdade acima de tudo, esses são valores muito tântricos. O tantra não reprime escolhas e estimula a verdade. 

JC - Existe uma estimativa de praticantes de tantra no mundo, Brasil e Estado de São Paulo? 

Otávio - Desconheço esses dados, até porque o tantra não é uma religião. Se pensarmos que o yoga é de origem tântrica, aí sim poderemos encontrar um número gigantesco de praticantes em redor do planeta.

JC – Quais são os benefícios físicos e espirituais que a prática do tantra traz para seus adeptos?

Otávio – Físicos, você pode dizer que os praticantes entram na esfera dos que possuem longevidade, flexibilidade, saúdes. É preciso considerar que com o sexo tântrico, assim como a prática sexual ocidental, libera endorfina – neurotransmissor responsável pelas sensações de euforia e bem-estar – e ela tem efeito sobre um apuro na memória, melhora o humor e o sistema imunológico, aumenta a resistência e a disposição física, entre outras coisas. E o que seria um benefício espiritual? Talvez ficar mais feliz... É, porque a gente confunde um pouco esse conceito “espiritual” aqui no Ocidente, por exemplo, quando alguém diz que ‘têm um problema espiritual’. Mas o que ele tem? Seu espírito está doente, tem gripe, depressão? Isso tudo é doença do corpo, são estados da mente. O espírito é o que somos, o que adoece é o corpo, a mente. Essa sexualidade, esse amor é felicidade. E felicidade não é prazer, prazer é comprar uma casa, um carro, comer um chocolate ou ver o time de futebol ganhar. O tantra atua na felicidade. O livro budista “A Arte da Felicidade”, de Dalai Lama, aponta que a área do cérebro responsável pela felicidade, quando a pessoa medita faz com que essa área ‘aumente’ até 700%.

JC – Existem pré-requisitos para praticar o tantra? Há uma idade específica para começar?

Otávio – Não. Não cabe a mim e a ninguém julgar quem deve ou não deve praticar o tantra. No caso das crianças, a prática teórica de alguns conceitos é possível e viável. Se você pensar que o yoga é tântrico, não há contraindicações. Eu digo que se as pessoas entendessem um pouquinho do que é o yoga correriam para praticar, porque a prática oferece tantos benefícios. Mas cada coisa em seu tempo, a criança tem sua sexualidade e não pode ser ‘mexida’, o ato sexual é inviável.

JC – E as contraindicações?

Otávio – Não existem. É claro que se a pessoa não está saudável ela não vai poder praticar, mas isso também se aplica se ela for simplesmente fazer amor. Pode ter certeza que é mais fácil morrer no ato sexual convencional do que no tântrico (risos). Dependendo da condição física do praticante é necessário ter-se algumas limitações. Para as práticas mais adiantadas é necessário muita saúde.

JC - Há um tempo mínimo de estudo e “treino” para alcançar um nível “bom” para o tantra?

Otávio - Existem práticas básicas que podem ser aprendidas em um final de semana e algumas, adiantadas, que levam toda a vida.

JC – Há um nome específico para quem pratica o tantra? Para ser um mestre qual é o caminho?

Otávio – Um dos nomes usados para o praticante de tantra é Sathaka, usado em uma das escolas, que são muitas. O tantra é uma escola de iniciação e para começar a dar aulas aqui no Brasil precisei viajar muitas vezes à Índia e torcer para um dos mestres me iniciaram, isso há muitos anos. Porque, assim como em outras ‘filosofias’ orientais, existe a transmissão de conhecimento, aqui em São Paulo um dos cursos que eu ministro tem a duração de 12 meses, a partir daí o aluno já pode dirigir alguns grupos de yoga tântrico e ensinar algumas práticas, sempre acompanhado de um mestre. Para ser considerado um mestre elevado é preciso “iluminar-se”, não existem certificados e alguém dizendo: você é.


segunda-feira, 16 de julho de 2018

A dura vida dos ateus em um Brasil cada vez mais evangélico


Dia 21 de Janeiro é o dia Nacional contra a Intolerância Regiliosa. Achei por bem postar este texto tendo em vista que as eleições se aproximam e corremos sérios risco de ser instaurada com maior intensidade caso um dos candidatos seja eleito.

A parábola do taxista e a intolerância.
Reflexão a partir de uma conversa no trânsito de São Paulo. A expansão da fé evangélica está mudando “o homem cordial”?

Em 14/11/2011 li um texto de ELIANE BRUM, Jornalista, escritora e documentarista. Como o texto me interessou, o guardei para um dia postar em meu Blog, por uma ocasião especial de intolerância religiosa.
O diálogo aconteceu entre uma jornalista e um taxista na última sexta-feira. Ela entrou no táxi do ponto do Shopping Villa Lobos, em São Paulo, por volta das 19h30. Como estava escuro demais para ler o jornal, como ela sempre faz, puxou conversa com o motorista de táxi, como ela nunca faz. Falaram do trânsito (inevitável em São Paulo) que, naquela sexta-feira chuvosa e às vésperas de um feriadão, contra todos os prognósticos, estava bom. Depois, outro taxista emparelhou o carro na Pedroso de Moraes para pedir um “Bom Ar” emprestado ao colega, porque tinha carregado um passageiro “com cheiro de jaula”. Continuaram, e ela comentou que trabalharia no feriado. Ele perguntou o que ela fazia. “Sou jornalista”, ela disse. E ele: “Eu quero muito melhorar o meu português. Estudei, mas escrevo tudo errado”. Ele era jovem, menos de 30 anos. “O melhor jeito de melhorar o português é lendo”, ela sugeriu. “Eu estou lendo mais agora, já li quatro livros neste ano. Para quem não lia nada...”, ele
contou. “O importante é ler o que você gosta”, ela estimulou. “O que eu quero agora é ler a Bíblia”. Foi neste ponto que o diálogo conquistou o direito a seguir com travessões.
- Você é evangélico? – ela perguntou.
- Sou! – ele respondeu, animado.
- De que igreja?
- Tenho ido na Novidade de Vida. Mas já fui na Bola de Neve.
- Da Novidade de Vida eu nunca tinha ouvido falar, mas já li matérias sobre a Bola de Neve. É bacana a Novidade de Vida?
- Tou gostando muito. A Bola de Neve também é bem legal. De vez em quando eu vou lá.
- Legal.
- De que religião você é?
- Eu não tenho religião. Sou ateia.
- Deus me livre! Vai lá na Bola de Neve.
- Não, eu não sou religiosa. Sou ateia.
- Deus me livre!
- Engraçado isso. Eu respeito a sua escolha, mas você não respeita a minha.
- (riso nervoso).
- Eu sou uma pessoa decente, honesta, trato as pessoas com respeito, trabalho duro e tento fazer a minha parte para o mundo ser um lugar melhor. Por que eu seria pior por não ter uma fé?
- Por que as boas ações não salvam.
- Não?
- Só Jesus salva. Se você não aceitar Jesus, não será salva.
- Mas eu não quero ser salva.
- Deus me livre!
- Eu não acredito em salvação. Acredito em viver cada dia da melhor forma possível.
- Acho que você é espírita.
- Não, já disse a você. Sou ateia.
- É que Jesus não te pegou ainda. Mas ele vai pegar.
- Olha, sinceramente, acho difícil que Jesus vá me pegar. Mas sabe o que eu acho curioso? Que eu não queira tirar a sua fé, mas você queira tirar a minha não fé. Eu não acho que você seja pior do que eu por ser evangélico, mas você parece achar que é melhor do que eu porque é evangélico. Não era Jesus que pregava a tolerância?
- É, talvez seja melhor a gente mudar de assunto...
O taxista estava confuso. A passageira era ateia, mas parecia do bem. Era tranquila, doce e divertida. Mas ele fora doutrinado para acreditar que um ateu é uma espécie de Satanás. Como resolver esse impasse? (Talvez ele tenha lembrado, naquele momento, que o pastor avisara que o diabo assumia formas muito sedutoras para roubar a alma dos crentes. Mas, como não dá para ler pensamentos, só é possível afirmar que o taxista parecia viver um embate interno: ele não conseguia se convencer de que a mulher que agora falava sobre o cartão do banco que tinha perdido era a personificação do mal.)
Chegaram ao destino depois de mais algumas conversas corriqueiras. Ao se despedir, ela agradeceu a corrida e desejou a ele um bom fim de semana e uma boa noite. Ele retribuiu. E então, não conseguiu conter-se:
- Veja se aparece lá na igreja! – gritou, quando ela abria a porta.
- Veja se vira ateu! – ela retribuiu, bem humorada, antes de fechá-la.
Ainda deu tempo de ouvir uma risada nervosa.
A parábola do taxista me faz pensar em como a vida dos ateus poderá ser dura num Brasil cada vez mais evangélico – ou cada vez mais neopentecostal, já que é esta a característica das igrejas evangélicas que mais crescem. O catolicismo – no mundo contemporâneo, bem sublinhado – mantém uma relação de tolerância com o ateísmo.
Por várias razões. Entre elas, a de que é possível ser católico – e não praticante. O fato de você não frequentar a igreja nem pagar o dízimo não chama maior atenção no Brasil católico nem condena ninguém ao inferno. Outra razão importante é que o catolicismo está disseminado na cultura, entrelaçado a uma forma de ver o mundo que influencia inclusive os ateus. Ser ateu num país de maioria católica nunca ameaçou a convivência entre os vizinhos. Ou entre taxistas e passageiros.
Já com os evangélicos neopentecostais, caso das inúmeras igrejas que se multiplicam com nomes cada vez mais imaginativos pelas esquinas das grandes e das pequenas cidades, pelos sertões e pela floresta amazônica, o caso é diferente. E não faço aqui nenhum juízo de valor sobre a fé católica ou a dos neopentecostais. Cada um tem o direito de professar a fé que quiser – assim como a sua não fé. Meu interesse é tentar compreender como essa porção cada vez mais numerosa do país está mudando o modo de ver o mundo e o modo de se relacionar com a cultura. Está mudando a forma de ser brasileiro.
Por que os ateus são uma ameaça às novas denominações evangélicas? Porque as neopentecostais – e não falo aqui nenhuma novidade – são constituídas no modo capitalista. Regidas, portanto, pelas leis de mercado. Por isso, nessas novas igrejas, não há como ser um evangélico não praticante. É possível, como o taxista exemplifica muito bem, pular de uma para outra, como um consumidor diante de vitrines que tentam seduzi-lo a entrar na loja pelo brilho de suas ofertas. Essa dificuldade de “fidelizar um fiel”, ao gerir a igreja como um modelo de negócio, obriga as neopentecostais a uma disputa de mercado cada vez mais agressiva e também a buscar fatias ainda inexploradas. É preciso que os fiéis estejam dentro das igrejas – e elas estão sempre de portas abertas – para consumir um dos muitos produtos milagrosos ou para serem consumidos por doações em dinheiro ou em espécie. O templo é um shopping da fé, com as vantagens e as desvantagens que isso implica.
É também por essa razão que a Igreja Católica, que em períodos de sua longa história atraiu fiéis com ossos de santos e passes para o céu, vive hoje o dilema de ser ameaçada pela vulgaridade das relações capitalistas numa fé de mercado. Dilema que procura resolver de uma maneira bastante inteligente, ao manter a salvo a tradição que tem lhe garantido poder e influência há dois mil anos, mas ao mesmo tempo estimular sua versão de mercado, encarnada pelos carismáticos. Como uma espécie de vanguarda, que contém o avanço das tropas “inimigas” lá na frente sem comprometer a integridade do exército que se mantém mais atrás, padres pop star como Marcelo Rossi e movimentos como a Canção Nova têm sido estratégicos para reduzir a sangria de fiéis para as neopentecostais. Não fosse esse tipo de abordagem mais agressiva e possivelmente já existiria uma porção ainda maior de evangélicos no país.
Tudo indica que a parábola do taxista se tornará cada vez mais frequente nas ruas do Brasil – em novas e ferozes versões. Afinal, não há nada mais ameaçador para o mercado do que quem está fora do mercado por convicção. E quem está fora do mercado da fé? Os ateus. É possível convencer um católico, um espírita ou um umbandista a mudar de religião. Mas é bem mais difícil – quando não impossível – converter um ateu. Para quem não acredita na existência de Deus, qualquer produto religioso, seja ele material, como um travesseiro que cura doenças, ou subjetivo, como o conforto da vida eterna, não tem qualquer apelo. Seria como vender gelo para um esquimó.
Tenho muitos amigos ateus. E eles me contam que têm evitado se apresentar dessa maneira porque a reação é cada vez mais hostil. Por enquanto, a reação é como a do taxista: “Deus me livre!”. Mas percebem que o cerco se aperta e, a qualquer momento, temem que alguém possa empunhar um punhado de dentes de alho diante deles ou iniciar um exorcismo ali mesmo, no sinal fechado ou na padaria da esquina. Acuados, têm preferido declarar-se “agnósticos”. Com sorte, parte dos crentes pode ficar em dúvida e pensar que é alguma igreja nova.
Já conhecia a “Bola de Neve” (ou “Bola de Neve Church, para os íntimos”, como diz o seu site), mas nunca tinha ouvido falar da “Novidade de Vida”. Busquei o site da igreja na internet. Na página de abertura, me deparei com uma preleção intitulada: “O perigo da tolerância”. O texto fala sobre as famílias, afirma que Deus não é tolerante e incita os fiéis a não tolerar o que não venha de Deus. Tolerar “coisas erradas” é o mesmo que “criar demônios de estimação”. Entre as muitas frases exemplares, uma se destaca:
“Hoje em dia, o mal da sociedade tem sido a Tolerância (em negrito e em maiúscula)”.
Deus me livre!, um ateu talvez tenha vontade de dizer. Mas nem esse conforto lhe resta. Ainda que o crescimento evangélico no Brasil venha sendo investigado tanto pela academia como pelo jornalismo, é pouco para a profundidade das mudanças que tem trazido à vida cotidiana do país. As transformações no modo de ser brasileiro talvez sejam maiores do que possa parecer à primeira vista. Talvez estejam alterando o “homem cordial” – não no sentido estrito conferido por Sérgio Buarque de Holanda, mas no sentido atribuído pelo senso comum.
Me arriscaria a dizer que a liberdade de credo – e, portanto, também de não credo – determinada pela Constituição está sendo solapada na prática do dia a dia. Não deixa de ser curioso que, no século XXI, ser ateu volte a ter um conteúdo revolucionário. Mas, depois que Sarah Sheeva, uma das filhas de Pepeu Gomes e Baby do Brasil, passou a pastorear mulheres virgens – ou com vontade de voltar a ser – em busca de príncipes encantados, na “Igreja Celular Internacional”, nada mais me surpreende.
Se Deus existe, que nos livre de sermos obrigados a acreditar nele.
(Eliane Brum)

ET.(Faço aqui um adendo no sentido de que, em se tratando de intolerância, o Brasil está correndo um sério risco de, caso o Sr. Bolnonaro seja eleito, há uma probabilidade de sermos penalizados por heresias e não professar a mesma fé que ele e seus discípulos professam.)

Jodenon

domingo, 8 de julho de 2018

A Embolização Prostática como Tratamento para Hiperplasia Prostática Benigna (HPB)

A próstata é uma glândula sexual masculina responsável pela produção de componentes do fluído de sêmen, e está localizada entre a bexiga e o pavimento pélvico. Em mais da metade dos homens acima de 50 anos ocorrem o aumento da próstata. Esta condição é chamada de hiperplasia prostática benigna (HPB) ou hipertrofia benigna da próstata, sendo que este aumento é considerado um crescimento natural, não tendo relação com o câncer de próstata, e em alguns homens pode ocorrer os seguintes sintomas:
• Dificuldades para urinar;
• Diminuição da força do jato urinário;
• Gotejamento no final da micção;
• Micção em dois tempos;
• Desejo de urinar durante a noite;
• Necessidade de urinar várias vezes durante o dia.
Esses sintomas se iniciam, geralmente, a partir dos 50 anos de idade e se tornam mais intensos depois dos 60 anos. A Embolização Prostática surge como forma de tratamento minimamente invasivo, ou seja, embora também seja considerada uma cirurgia, é realizada sob anestesia local, sem necessidade de cortes (cirurgia aberta) ou de internação prolongada do paciente.
Ela deve ser realizada pelo médico radiologista intervencionista, acompanhado pelo urologista responsável pela condução do caso e indicação formal do procedimento, que caracteriza-se como uma alternativa à ressecção transuretral da próstata que demanda internação, anestesia geral e, tem como um tipo de complicação, o surgimento de ejaculação retrógrada.
O procedimento consiste em uma pequena incisão na região da virilha, para que seja introduzido um cateter na artéria, a ser guiado por um aparelho de raios X ultra moderno, até a próstata, onde são injetadas microesferas, parecidas com grãos de areia, que reduzem a circulação sanguínea no local. Com isso, a próstata diminui de tamanho e fica mais macia, aliviando a obstrução da uretra, e consequentemente os sintomas causados pela HPB.
Hoje a indicação da embolização da próstata está relacionada aos pacientes que não tem boa resposta ao uso de medicamentos orais, ou que não tem condições clínicas ou não querem ser submetidos à cirurgia tradicional, a RTU. O melhor tratamento depende das condições de saúde de cada paciente e a escolha do melhor tratamento deve ser indicada pelo médico urologista.
Matéria da Revista Saúde - nº 10 - Junho2018

DR. LUIZ OTAVIO BARREIRA ALVARES CORREA

Radiologia Intervencionista

CRM/GO: 12048 | RQE: 8290 | GOIÂNIA

terça-feira, 26 de junho de 2018

O casamento é a morte do Amor







"O casamento é a morte do Amor!"
Quando me deparei com esta frase, comecei a pensar, e na minha visão, até certo ponto, acho que é uma realidade.
Por causa de uma cultura primitiva das grandes religiões, que sempre impôs uma sociedade extremamente manipulável, gerou-se seres humanos doentes, agustiados, depressivos e perturbados que não se encontram o seu eu no mundo de hoje.
Tem uma frase atribuída a Sigmund Freud assim: "Tudo que você reprime, você mata, você destrói."
Ao longo de minha vida, sempre pautei pela honestidade de: caráter, comigo, com os outros e em todos os sentidos.
Quando decidi ter uma companheira ao meu lado, prometi que jamais a faria sofrer, prometi dar a ela tudo aquilo que seus pais lhe deram e muito mais, além do carinho e amor de homem. É, eu entendo que existem várias formas de amor. O meu amor é regado de companheirismo, carinho, dedicação, respeito, afeto, necessidade de sua presença, fazer com que ela tenha sempre momentos felizes, sem cobranças de contrapartidas e deixar que ela seja sempre ela.
E o que até hoje procuro fazer para que a frase do começo do texto não seja uma comprovação em nosso casamento?
Muitas coisas e continuo procurando fazer, independente se minha parceira, pense da mesma forma que eu.
Pensando na frase de Freud, tentei nunca reprimir nada que viesse nos tirar da rotina que a relação conjugal incorpora após os 3 anos vividos em comum. Vou citar uma surpresa que fiz para minha parceira. Lembrando que não sou religioso e não me deixo ser manipulado pelos dogmas e nem pelo que eles pensam e agem por medo de perder seu espaço no suposto paraiso pós morte.
Vamos lá:
Eu fazia assessoria de marketing para a Horizonte (uma empresa que possui 3 motéis em Goiânia). Um dia combinei com o proprietário que me cedeu uma suíte para, no aniversário de minha esposa, fazer uma surpresa pra ela. Essa surpresa consistia em convidar nossos melhores amigos (não era para fazer suruba) e fazer um queijos e vinhos em uma de suas unidades. Pois, bem, no dia combinado, foram todos pra lá, inclusive minha sogra e cunhado. Um detalhe ninguém da minha família teve coragem de ir. Rsrsrs...
Ao chegar na portaria, solicitei a chave da suite que estava reservada, o funcionário da portaria já sabia. Deixei que ela entrasse na frente e quando ela abriu a porta e acendeu a luz, teve uma grande surpresa com mais de 20 pessoas na suite. Foi muito bom e por volta das 22 horas ela despachou todo mundo e fomos curtir seu aniversário com tudo que ela tinha direito.
Teve muitos outros momentos ao longo de nossos 38 anos juntos. Por último, decidi me tornar terapeuta tântrico para poder surpreende-la com a massagem tântrica e tentar trabalhar terapeuticamente com ela em função de sua esclerose múltipla. Em 2001 eu já havia feito um curso de massagem tailandesa, ante-estresse e erótica. Para colocar este novo plano  em prática, fiz a formação e aprendi mais 3 massagens tântricas. Após a formação, despachei minha filha, comprei um frasco de óleo de semente de uva, um bullet ideal para uma das massagens, velas aromáticas e mais alguns ingredietes para compor o cenário necessário. Também baixei várias músicas coerentes com a necessidade de concentração e envolvimento com as massagens. Bom, o resultado alcançado foi, meia hora de orgasmos intensos que ela nunca tinha sentido.
Com base em tudo isso, chegamos a conclusão que não devemos banir o prazer de nossas vidas, por nada. Pra nós, ficou provado que a energia da sexualidade e, a energia do orgasmo conjuntamente é a maior forma de expressão e experiência que um ser humano pode ter.
Tem também uma frase atribuída a grandes mestres do pensamento que diz: "Conheças a te mesmo que irás conhecer a Deus". 
- Como é que você vai conhecer a si próprio, se negar a sua sexualidade?
- Vai negar que existe isso em você?
- Será que não é um erro enorme banir tudo isso de sua vida?
Seja mais humilde e faça essa pergunta: 
- O que devo fazer para ser ideal para quem eu amo?
Pra começar, que tal você acessar o meu curso https://prazerdocasamento.com.br/ e também fazer uma surpresa para sua esposa/Namorada ou ficante? Acho que ela merece e você não se arrependerá.

Jodenon

terça-feira, 15 de maio de 2018

Ser humilde não é ser bobo...

Nunca fui uma pessoa muito ligada, muito perceptiva quanto à má-fé alheia. Sempre foi fácil se aproximar de mim e me explorar, me desejar o mal, tentar me prejudicar. Além de ser um pouco inocente, e ser assim é também fruto de uma escolha minha. Por mais estranho que pareça, eu prefiro correr o risco de ser magoado e traído do que viver com os pés atrás, desconfiando de tudo e de todos.Com o tempo a gente endurece. A ternura continua lá, meio soterrada pelas decepções, mas o coração enrijece mesmo, se a gente não prestar atenção. No caminho, vamos encontrando pessoas invejosas, que torcem para que tudo dê errado para nós, mesmo que nada disso vá melhorar suas próprias vidas. Particularmente, eu acredito que haja mais pessoas boas em geral do que más, porém, mesmo as boas têm seus momentos cruéis, enchem a boca para dizer "bem-feito! Coisa boa!”(Quem é goiano vai entender o que quero dizer), desejam que a outra, amiga ou não, se ferre. A natureza humana tem dessas coisas, todo mundo sabe. A diferença é que alguns lutam contra esses sentimentos vis, se policiam para não falar mal dos outros, tentam enxergar qualidades nos fulanos mais babacas que existem. Sempre tentei ser assim. Desde o não falar palavrão até o não falar mal dos outros, não julgar e nem xingar ninguém como: burro, feio, insuportável, desgraçado e etc. Mas, cada vez mais eu sinto que estou enfraquecendo. Estou mais suscetível à maldade alheia, quase acredito em mau-olhado e vibrações negativas, pai de santo e outras entidades, inclusive já fui até em terreiro de Umbanda, ainda não fui na Universal, porque não suporto aquela igreja, pois enganar ao próximo não foi o ensinamento de Deus. Diga-se de passagem que não tem nada de anormal, a não ser a ganância por dinheiro sob uma falsa promessa de redenção. Começo a perceber quando o rapaz na sala do meu trabalho me olha com uma ponta de despeito, quando o cara responde todas as perguntas para se sentir melhor do que os outros, quando a senhora esconde de quem chegou atrasado as informações que foram dadas pelo chefe. Às vezes até chego a sacar, ou pensar que saco, que alguma pessoa "tem algo de estranho" quando olho nos seus olhos pela primeira vez (como tenho a pachorra de julgar alguém em nome de um "sexto sentido"?). Acho que estou perdendo de vez aquela inocência que fazia de mim uma pessoa não necessariamente boba, mas boa. Muitos me dizem que isso é ótimo, que assim eu me protejo, afasto o lado negro da força e sigo minha vida sem ser prejudicado pelos outros. Mas eu preferiria voltar a ser como antes e crer na bondade de todas as pessoas, acreditar que algo nelas ainda pode ser mudado, que deva haver motivos para alguém agir de modo condenável e que minha missão é entender e tentar ajudar. Só conheci quatro seres puros assim: minha mãe Eurides, minha irmã Jodeíra, meu pai e minha mulher - estes dois últimos citados, um já se foi para um outro plano e minha mulher, um pouco endurecida pelas dificuldades da vida e também pela descoberta de sua doença e lutar contra os meus conceitos e não concordar comigo pelo menos em teoria.
Queria voltar ao ponto de partida. Eu seria passado para trás e veria pessoas triunfando às minhas custas, mas não viveria enxergando as possibilidades de perigo, de inveja e de maldade em cada novo par de olhos que encaro.

Jodenon

sábado, 14 de abril de 2018

Eu amo um Anjo


Eu sento e espero, será que um Anjo contempla o meu destino e sabe para onde vamos, quando ficamos cansados e com os nossos cabelos grisalhos?
Uma vez me disseram que a salvação é que abrem suas asas. Em meus momentos solitários, onde quase sempre encontro comigo, então, imagino quando estou deitado na cama, pensando em um monte de coisas e achar que o amor morreu, se estarei amando um Anjo!
Pode ser, pois dizem que Anjos não tem gênero. Mas se em qualquer situação, ele me oferecer proteção, muito amor e afeição, esteja eu, certo ou errado, meu coração estará aberto e jamais fechado...
Também pode ser que seja debaixo de uma linda e esplendorosa cachoeira, aonde quer que ele me leve, eu sei que a vida não vai me derrubar quando eu precisar, ele não irá me esquecer.
Quando eu me sentir fraco, e a minha dor caminhar em uma rua de mão única, olharei para o Céu e sempre saberei que sou abençoado pelo amor de um Anjo. E enquanto o sentimento cresce com o passar do tempo, meu ânimo também cresce na mesma proporção, pois quando chegar a hora de minha partida, estarei feliz, pois minha vida foi cercada por um Anjo que tem prenome, nome e sobrenome e os seres comuns o conhecem por Nélis Neide de Araújo Borges.

Obrigado meu Anjo salvador, pelos 38 anos de parceria, companheirismo, dedicação, tolerância, amor, felicidade e tudo mais que alguém pode oferecer e também receber!
Tem um soneto de Luis de Camões que retrata bem a linguagem do amor assim:
Amor é fogo que arde sem se ver

Amor é fogo que arde sem se ver
É ferida que dói, e não se sente
É um contentamento descontente
É dor que desatina sem doer

É um não querer, mais que bem querer
É andar solitário por entre a gente
É nunca contentar-se de contente
É cuidar que se ganha em se perder

É querer estar preso por vontade
É servir a quem vence, o vencedor
É ter com quem nos mata, lealdade

Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade
Se tão contrário a si é o mesmo amor? 

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

AMANHECER NO CERRADO GOIANO

O famoso fotógrafo JR Duran disse em uma entrevista que, todo dia, podemos fotografar o mesmo local no mesmo instante e veremos sempre resultados diferentes.
Amanhecer
 Amanhecer
 Amanhecer
Anoitecer 
Anoitecer


quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

Reflexões de um Pai

Um pai tinha muitos problemas. Não estava dormindo direito e se sentia exausto. Vivia irritado, mal humorado e com muitas amarguras. Ele sempre estava doente, até que um dia, de repente, mudou de comportamento.
A situação era a mesma, mas notava-se que era diferente.
Um dia a esposa disse-lhe:
- Amor, estou há três meses procurando emprego e não encontrei nada, então vou tomar chá com as minhas amigas.
O marido respondeu:
- Está bem!
O filho, disse-lhe:
- Papai, vou mal em todas a matérias da Universidade!
O pai respondeu:
- Está bem, porque você vai se recuperar e se não o fizer, então poderá repetir o semestre, mas você vai pagar a sua taxa de matrícula.
A filha disse-lhe:
- Papai, bati meu carro!
O pai respondeu:
- Está bem filha, leve-o para a oficina e procure uma forma de como pagar e enquanto eles consertam, vá de ônibus, de bicicleta ou de metrô.
Sua Nora disse-lhe:
- Sogro, eu vou passar alguns meses com vocês!
O sogro respondeu:
- Está bem, acomode-se no sofá da sala e procure alguns cobertores no armário.
Todos na casa daquele senhor se reuniram preocupados em ver essas reações. Suspeitaram que ele havia ido ao médico que lhe receitou algumas cápsulas de calmante do inferno de 1.000mg.
Certamente ele teria tomando uma overdose.
Chegaram a conclusão que deveriam fazer questionamentos à ele para afastar qualquer possibilidade de reação que fosse provocada por alguma medicação ante-birras.
Mas qual foi a surpresa da família, quando todos estava reunidos com ele e o mesmo deu a seguinte explicação.
Demorou muito tempo para perceber que cada um é responsável por sua vida, levei anos descobrindo que minha angústia, minha mortificação, minha depressão, minha coragem, minhas insônias e meu estresse, não resolveriam os seus problemas, mas sim exacerbaram os meus.
Eu não sou responsável pelas ações dos outros, mas sim, eu sou responsável pelas reações de como eu me expresso perante a elas.
Portanto, cheguei à conclusão que o meu dever para comigo é manter a calma e deixar que cada um que resolva aquilo da forma que lhe convier.
Tenho feito cursos de Yoga, Meditação, Milagres, desenvolvimento humano, higiene mental, vibração e programação neuro-linguística. Em todos eles, encontrei um denominador comum:
no final, todos nos levam ao mesmo ponto. Também, eu só posso ter ingerência sobre eu mesmo, vocês possuem todos os recursos necessários para resolver suas próprias vidas.
Eu só posso dar meu conselho se por acaso me pedirem. Cabe vocês segui-los ou não!
Então, de hoje em diante, parei de ser:
- O receptáculo de suas responsabilidades;
- O carregador de suas culpas;
- A lavanderia dos seus remorsos;
- O Advogado de seus defeitos;
- O Muro de suas lamentações;
- O depositário das suas funções, que procura resolver seus problemas ou sua borda de reposição para cumprir responsabilidades.
De agora em diante, os Declaro Adultos Independentes e Autossuficientes.
Todos naquele momento, ficaram em profundo silêncio e desde aquele dia, a família começou funcionar melhor por que, todo mundo na casa sabe exatamente o que cada um deve fazer.

Autor desconhecido e adaptado por Jodenon

terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

Entregar ou reagir?


Sábado, fui entrar no carro e senti uma travada na lombar. Meu Deus, que dificuldade, fiquei toda manhã dirigindo e quando fui sair, veio a confirmação. Estava mesmo na idade do Condor.
Não consegui mais trabalhar naquele dia e nem tentei sair de casa. Minha abençoada e dedicada esposa, sugeriu para ir ao médico. 
Ir ao médico pra quê? 
Perguntei: Para receitar um relaxante muscular?
Isso eu mesmo sei tomar.
Falo sempre para os meus filhos, nunca misture bebida destilada com energético, pois é prejudicial ao fígado. Pois bem, decidi fazer uma mistura no intuito de melhorar minha dor. Não foi com bebidas mas, um comprimido de Dipirona com um de Dorflex. 
Deitei e consegui dormir até as 4 horas da manhã. 
Levantei para tirar água do joelho e que arrependimento de fazer a mistura dos comprimidos, o meu quarto ficou rodando em minha cabeça, fiquei tontinho, daí veio a solução: "Dramim".
A coisa foi tão esquisita que pensei estar sentado num cavalinho de carrocel. Mas como sou mais teimoso que uma mula, continuei caminhando até o sanitário e me equilibrei. Acertei direitinho e na mosca o vaso sanitário. Rsrsrs...
A dor nos quartos, continuava.
Levantei no domingo como de costume, entre 6 e 7 horas e estava saindo para caminhar quando a dona Nélis acorda e diz:
- Você é doido? 
- Caminhar desse jeito!
Respondi, vou, sou mais forte que a dor. 
Resultado: caminhei 6 km e 320 metros e senti que deu uma melhorada.
Estou com a dor até hoje, mas não me entrego. Afinal, sou cabeça dura dos Borges de Sousa.