sexta-feira, 26 de outubro de 2018

Casados e felizes para sempre, amém!

Em 29 de novembro de 2015, escrevi um texto que o posto novamente para reflexão sobre a seguinte expressão: "Casados para Sempre". Na data minha alma gemea não quis nem comentar o texto pois não concordou comigo.
Foi assim: "Hoje, estava almoçando e entrou sozinho no restaurante um senhor com uma camiseta preta, com a seguinte frase: “Casados para Sempre”. Logo vi que ele era religioso e possivelmente participou daqueles encontros de grupo de casais.
O que realmente significa, Casados para sempre?
Pelo menos o compromisso que fiz com a minha esposa em juramente na Igreja, tendo como testemunhas, o Pastor Wanderley da Primeira Igreja Batista de Goiânia, os padrinhos dela e os meus, os nossos pais, irmãos e convidados, foi: “Até que a morte nos separe.” Depois, cada um segue o seu caminho!
Pelo menos para um dos dois, que caminho em! Um segue a vida e o outro fica guardado até que a terra o devore!
Esse que seguir vivendo, pode encontrar outro alguém que poderá usar também a expressão, "casados para sempre". Ou estou errado?
Será que o significado de casados para sempre é acreditar na eternidade?
Existe aí um pensamento utópico, de crença, de paraíso e inferno e muitas outras formas de credos.

Coloquei esta foto das mãos da minha nora e do meu filho que hoje (26/11/2018) completam 5 anos de casados.

Um bom tema para discussão!
Na semana passado um colega que cursa jornalismo na Faculdade Sul Americana em Goiânia, me passou um questionário com 6 perguntas sobre o Poliamor, para ajudá-lo em um trabalho.
Respondi seu questionário, mas, por motivos de viagens não consegui enviar para ele em tempo de fazer sua apresentação.
Aí vem uma pergunta: você pensa que o amor sempre fez parte do casamento?
Segundo o Professor Laércio Fonseca, especialista em relacionamentos, "o casamento é a morte do amor".
Entendo que o Poliamor é uma inovação recente. Na realidade, o casamento sempre foi considerado uma coisa muito séria para que nele entrasse qualquer tipo de emoção. Mas quando as pessoas passaram a buscar nesse tipo de vínculo para uma realização afetiva e de prazer sexual, a vida a dois passou a ser fonte de grande frustração.
O casamento obriga homens e mulheres a viver dentro de regras e normas estabelecidas pelas igrejas e pela sociedade, visando ao controle da liberdade de cada um. É na área afetiva e sexual que as limitações são mais claras. Você só deve amar uma única pessoa durante anos e somente com ela pode fazer sexo (que muitos preferem chamar de "fazer amor" pois, sexo leva ao pensamente de algo sujo e vergonhoso).
É comum várias pessoas terem características que nos agradam e nos atraem sexualmente. Então, fica difícil cumprir essas exigências. O resultado é muita gente infeliz, sem prazer de viver, talvez até que a morte os separe, ou tambémo divórcio.
Os casamentos só funcionaram bem quando os parceiros eram escolhidos pelas famílias, bem como, por interesses econômicos e políticos. Homens e mulheres casavam sabendo antecipadamente tudo o que os aguardavam. Bastava o homem ser provedor e respeitar a família; a mulher ser boa mãe e cumpridora de seus deveres de esposa, estava tudo certo (ela esquentava a barriga no fogão e esfriava no tanque de lavar roupa). Era um bom casamento, ninguém se decepcionava, e por isso não havia motivos para queixas, nem para separação. Li em uma estatística que em 1974 existiram 30 mil divórcios (nessa época era desquite) e agora recente, em 2014 foram 341 mil divórcios.
Em um casamento, o companheirismo, a solidariedade e o carinho vão aumentando na mesma medida em que o desejo sexual vai diminuindo. A explicação mais ouvida para isso é que a rotina do dia-a-dia transforma o sexo num hábito, e como tudo o que é habitual vai perdendo a sensação de prazer, ele vai sendo feito automaticamente. Há quem diga também, de forma conformada, que a emoção no sexo só existe mesmo, no início de uma relação, e o que resta depois de algum tempo de vida em comum, é uma grande amizade. A única coisa que não entendo, então, é por que temos que dar satisfação, ter compromisso de horário, dormir na mesma cama todas as noites, com uma pessoa amiga. Não seria muito melhor sermos livres e encontrarmos os amigos apenas quando sentíssemos vontade? Quem sabe assim, a emoção do sexo poderia ressurgir, e a vida, sem tantas obrigações desnecessárias, poderia ser bem mais interessante.
Na realidade, existe uma razão ainda maior para que no casamento o sexo se transforme em algo monótono e sem graça. É a ideologia da monogamia, que devido ao machismo que imperava, era adotada para a mulher e que de 30 anos para cá, passou a atingir também os homens. Atualmente, homens e mulheres cobram fidelidade sexual de seus parceiros. Sem dúvida, essa obrigação de um só poder se relacionar com o outro mina progressivamente a relação. Por um lado as pessoas se sentem apaziguadas e seguras, acreditando que o parceiro nunca terá olhos para ninguém. Por outro, a mesma certeza de posse e de exclusividade que faz as pessoas se sentirem garantidas no casamento, leva à acomodação, inibindo o desenvolvimento de uma vida sexual criativa com o parceiro. Não existindo mais o estímulo da sedução e da conquista, o sexo vai se deteriorando. Se tornando, mais do mesmo!
Daí fica difícil, esperar ser casados para sempre.
Em tempo: Este texto não reflete em sua totalidade os pensamentos de minha esposa e sim os meus, senão, a discussão começará em casa quando eu chegar de viagem! Rsrsrsrs..."

Jodenon e seus assuntos controversos.