quarta-feira, 27 de abril de 2011

O Aprendiz


Este é um texto que fiz numa fase cinza de minha vida. Digo cinza porque, tinha uma parte negra e também uma iluminada, que colocadas na balança, dava para ficar cinza.
Começa assim:
Gozado a vida da gente. Tem dias que amanhecemos querendo não ter acordado. Hoje particularmente comigo foi assim. Às 7 horas e 13 minutos, meu celular toca a melodia que coloquei especialmente para identificar chamadas do meu freio-de-mão. Atendo ainda sonolento, pois minhas noites têm sido curtas.
- Amor – estou aqui na Av. 85 com a rua 94 atrapalhando o trânsito, pois o carro acabou a gasolina e não dou conta de empurrar esta lata velha e pesada (era uma parati que bebia mais que uma beleia). Venha aqui me ajudar!
Ela já estava quase chorando. Fato característico em quase todas as mulheres muito femininas.
Levantei meio que resignado com meus filhos, pois usam o carro e pensam que ele anda somente com cheiro do combustível. Passei no posto com uma garrafa pet de refrigerante de 2 litros (não vou dizer o nome do guaraná, pois não vou fazer propaganda de graça) e solicitei que colocasse R$.5,00 e para disfarçar coloquei dentro de uma sacola plástica, dessas usadas por supermercados. E lá fui prestar o socorro. De longe eu avistei o carro e ela puta da vida e com aquele olhar fulminante parecendo dizer: “Eu vou te matar!” – Pensei, mas eu não tenho culpa!
Ela foi logo dizendo: - ainda bem que um motoqueiro viu o meu sufoco, desceu da moto e veio me ajudar a colocar o carro na calçada. Pensei, mais uma irregularidade além de deixar faltar combustível e numa via movimentada como a 85, colocar o carro sobre a calçada.
Tudo bem! O carro funcionou, levei-a pra escola e voltei pra casa.
Depois de um bom banho, ganhei um pedaço do meu dia, ao receber um sorriso da minha princesinha e como sempre ela diz: “Bom dia, papai!”. Mas logo em seguida uma cobrança! Você comprou lanche?
Veio em minha mente. Xiiii...gastei os últimos miréis (palavra que antigos povos do interior diziam ao se referir a dinheiro) que tinha no bolso. Na maior cara dura, falei pra ela: “Empreste R$.2,00 pro papai que a noite ele traz pra você. Ela na maior boa vontade, disse: “Pegue na minha bolsinha no seu quarto”. Mesmo atrasado para o trabalho, corri na padaria e comprei as rosquinhas preferidas dela, passei manteiga e dei a ela e fui trabalhar.
No caminho do trabalho, aproximadamente 5 km de percurso que faço caminhando, aproveito para conversar comigo mesmo e tirar a limpo minhas inquietações, meus grilos, fazer planos, mesmo sem dinheiro, planejar o meu dia, minha semana e até o meu mês. Consigo fazer levantamentos passados, presentes e futuros. Consigo pensar em fazer acordos com o diabo e me arrepender logo em seguida. Consigo matar bandidos, entre eles, políticos. Não vou dizer aqui os corruptos, pois para mim, não existe político honesto. Consigo imaginar aquelas mulheres que cruzam comigo durante o trajeto indo para a cama com seu companheiro ou qualquer um que seja e o que elas fazem de bom ou de ruim, nelas. Se são, santinhas ou safadinhas. São infinitas as possibilidades que tenho nesses meus momentos de ser feliz ou de chegar a conclusões estarrecedoras que começo a rir sozinho das minhas babozeiras. Um outro detalhe é com relação a alguns evangélicos da Igreja Videira que durante suas orações idolatram Jesus e quando saem dali vão dar calotes nas pessoas. Até pensei em ir lá e falar com o Pastor Mor, mas pensei: seria como falar com Ali Babá assim: Ali, com todo respeito que tenho por ti, vários de seus homens foram no meu comércio e deram o calote! O que você pode fazer por mim? Ele vai rir na minha cara.
E assim por diante, vai passando os meus dias e lembro de uma música que diz: “...com a boca cheia de dentes, esperando a morte chegar!...”.

Jodenon Borges de Sousa
Aprendiz de escritor e apenas um ser humano.

sábado, 23 de abril de 2011

Uma viagem rápida...


Ontem, sexta-feira Santa, fui até Conceição do Araguaia comer uma caldeirada de Surubim, pois, segundo a tradição Católica, nesse dia não devemos comer carne vermelha. "Dogmas religiosos" mas como nasci nessa cultura, procuro seguir sem saber o porquê.
Valeu o passeio. Almocei no restaurante do Zé das Piranhas. Um restaurante em cima de uma plataforma flutuante no Rio Araguaia transbordando de cheio e belo.
Comprovem pela imagem, não postei mais fotos em virtude da net não prestar por aqui.

ET. Estou com uma puta dor de cabeça.

domingo, 10 de abril de 2011

Domingo no parque...


Hoje, domingo 10 de Abril de 2011, foi de passeio no Parque Flamboyant.
Como dois namorados curtindo a beleza que o parque nos oferece.
Foi como reviver a fase inicial de conhecimentos mútuos em 1980.
O interessante é que, uma coisa tão simples e pura, pode nos fazer felizes e cheio de energias para continuar investindo em nossa felicidade.
Foi muito bom, valeu!!!
Beijos.