domingo, 8 de julho de 2018

A Embolização Prostática como Tratamento para Hiperplasia Prostática Benigna (HPB)

A próstata é uma glândula sexual masculina responsável pela produção de componentes do fluído de sêmen, e está localizada entre a bexiga e o pavimento pélvico. Em mais da metade dos homens acima de 50 anos ocorrem o aumento da próstata. Esta condição é chamada de hiperplasia prostática benigna (HPB) ou hipertrofia benigna da próstata, sendo que este aumento é considerado um crescimento natural, não tendo relação com o câncer de próstata, e em alguns homens pode ocorrer os seguintes sintomas:
• Dificuldades para urinar;
• Diminuição da força do jato urinário;
• Gotejamento no final da micção;
• Micção em dois tempos;
• Desejo de urinar durante a noite;
• Necessidade de urinar várias vezes durante o dia.
Esses sintomas se iniciam, geralmente, a partir dos 50 anos de idade e se tornam mais intensos depois dos 60 anos. A Embolização Prostática surge como forma de tratamento minimamente invasivo, ou seja, embora também seja considerada uma cirurgia, é realizada sob anestesia local, sem necessidade de cortes (cirurgia aberta) ou de internação prolongada do paciente.
Ela deve ser realizada pelo médico radiologista intervencionista, acompanhado pelo urologista responsável pela condução do caso e indicação formal do procedimento, que caracteriza-se como uma alternativa à ressecção transuretral da próstata que demanda internação, anestesia geral e, tem como um tipo de complicação, o surgimento de ejaculação retrógrada.
O procedimento consiste em uma pequena incisão na região da virilha, para que seja introduzido um cateter na artéria, a ser guiado por um aparelho de raios X ultra moderno, até a próstata, onde são injetadas microesferas, parecidas com grãos de areia, que reduzem a circulação sanguínea no local. Com isso, a próstata diminui de tamanho e fica mais macia, aliviando a obstrução da uretra, e consequentemente os sintomas causados pela HPB.
Hoje a indicação da embolização da próstata está relacionada aos pacientes que não tem boa resposta ao uso de medicamentos orais, ou que não tem condições clínicas ou não querem ser submetidos à cirurgia tradicional, a RTU. O melhor tratamento depende das condições de saúde de cada paciente e a escolha do melhor tratamento deve ser indicada pelo médico urologista.
Matéria da Revista Saúde - nº 10 - Junho2018

DR. LUIZ OTAVIO BARREIRA ALVARES CORREA

Radiologia Intervencionista

CRM/GO: 12048 | RQE: 8290 | GOIÂNIA

Nenhum comentário: