domingo, 3 de abril de 2022

Até aonde vai a dignidade de um ser humano


Temos o hábito horrível de reclamar de tudo que se apresenta com alguma dificuldade para nós. Digo isso, em razão de que estava indo para uma praia em Angola chamada de Barra do Dande, uma praia com navios velhos e abandonados durante a guerra. Um verdadeiro cemitério de navios. Passando por um vilarejo, me deparei com a cena da foto e mesmo de dentro do carro, conseguir capturá-la. 

Como sempre faço, comecei a meditar sobre a compensação que a vida nos oferece. Daí vieram as perguntas: porquê não temos muitas das vezes, forças para lutar contra os percalços que ela nos fornece? Porque tendemos lamentar e além de nos entregarmos, culparmos o destino ou pessoas por essas dificuldades e, não ter forças para reagir e lutar contra? Será sempre mais fácil culpar o externo do que o nosso interno?

Ficam aqui estas perguntas para que possam meditar sobre e, compartilhar comigo, caso queiram.

Vi nessa cena, meu irmão, um privilegiado pelo presente que Deus lhe deu, o dom da musicalidade. Hoje ele deixou se deteriorar em decorrência da bebida, da mentira e da falta de respeito e amor por ele mesmo. Não está como o senhor dessa foto, porque ele teve uma mãe lutadora, que durante sua vida foi uma constante a vivência com o alcoolismo do marido e do filho. Sei que muita gente, como a ciência, diz que o alcoolismo é um doença. Acredito que as raízes (causa) dele não é uma doença, mas sim, emoções negativas presenciadas em algum momento da vida e acumuladas, alimentada pela incapacidade do indivíduo de reagir, lutar e querer se recuperar. Também na adolescência buscar segurança no grupo para ser aceito, faz o que os demais fazem. Sei disso hoje, após me tornar hipnoterapeuta.

Vejo no alcoólatra que não é falta de força de vontade, pois ela (força de vontade) é um dos programas que existe no nosso consciente e sabemos como ela funciona, pois é temporária. Faltou decisão, personalidade e respeito por si mesmo, principalmente quando alega a falta de apoio da sua companheira, que também bebe e da família e com isso justificar seu vício. Eu acredito que tem muito a ver com a vida do nosso pai e suas ações quando embriagado deu o ponta pé inicial no vício.
A vida não é um lixo, mas podemos transformá-la num lixo quando queremos e até mesmo ser a lixeira dela.

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