sexta-feira, 17 de janeiro de 2020

Sair do armário, como fazer...


Hoje eu voltava de minha caminhada e a Nélis me acompanhava voltando da hidroginástica, em dado momento, ela comentou comigo, o quanto algumas pessoas de nosso convívio são homofóbicas ao extremo ao não aceitar uma trans, fazer as unhas das mãos e de seus pés.
Aí, fiquei imaginando, como é difícil para uma pessoa "sair do armário", conforme ser praxe alguns segmentos da sociedade, cunhar este termo para uma pessoa assumir sua sexualidade, diferente do que os ditos conservadores acham.

Até quando as pessoas não poderão assumir suas vidas de acordo com suas convicções e desejos?
Acho interessante que essas pessoas homofóbicas na sua maioria sejam religiosos, frequentam algum templo religioso, mas quando saem de lá, não aceitam seu irmão viver a vida dele. Eu sempre digo que, se algo incomoda você em alguma pessoa, o  problema não está com ela e sim com você e talvez precise de um tratamentos psicológico. Ou, coloque-se no lugar daquela pessoa e viva emocionalmente no século 21 e não no século 1, acreditando em tudo que te contaram e até mesmo colocaram na Bíblia. Questione, pesquise sobre o que te ensinaram e verá o quão retrógrado você é.

Transcrevo aqui um trecho escrito pelo Dr. Paulo Cogo, Psicólogo Especialista em Psicologia Transpessoal com enfoque na Psicologia Afirmativa; Doutor e Mestre em Sociologia; Professor e pesquisador dos cursos de Comunicação Social e Design em matéria opinativa para a Revista Lado A. 

“A decisão e o ato de sair do armário é um processo, na maioria das vezes, longo, conflitivo, permanente e não linear, ou seja, onde os indivíduos ora conseguem se libertar dessa condição com mais facilidade e ora retornam para esse estado de privação e desconforto, devido às pressões internas, fruto da homofobia internalizada ainda não resolvida. Apesar das dificuldades ou desafios que esse processo de sair do armário impõe aqueles que o vivenciam trata-se de um processo essencial para a construção e afirmação de uma identidade gay positiva e afirmativa.”

Um dos momentos mais assustadores e libertadores de uma pessoa LGBTQAI+ é o momento em que pode olhar nos olhos de alguém e assumir quem é. Seja para familiares, amigos, colegas de trabalho ou desconhecidos na rua, o medo pela reação que receberá quando a denominação deixar sua boca estar sempre presente, assim como os questionamentos. 
Será que eles vão deixar de falar comigo? 
Será que eles vão ficar com raiva por não ter falado antes? 
Será que eles vão me aceitar?
Esse temor surge até mesmo quando se sabe que o amigo ou parente tem uma mente aberta e aceita a diversidade das orientações sexuais e das identidades de gênero, pois no instante que se decide contar para alguém essa verdade — que por anos a sociedade vem dizendo ser errada, perversa e condenável — é tudo ou nada. Parece estar diante de uma bifurcação, impedido de voltar atrás, só podendo seguir em frente e encarar um dos dois destinos: ou ser aceito e, a partir daquele momento, ser livre para ser quem realmente é, para evoluir e descobrir sua identidade pessoal; ou ser rejeitado por àquela pessoa que lhe é tão preciosa por que esta não lhe amou o suficiente para ver além das diferenças (Lúcia Calazans).

Se você quer assumir sua vida e sair do armário e possui medo ou bloqueio, eu posso ajudar.
Marque uma consulta/Avaliação comigo e vá viver feliz a vida que você sempre sonhou.

Jodenon Borges de Sousa
Hipnoterapeuta Clinico Avançado 
Especialista em Hipnosport
Fone/Whats: 62.999185554

Um comentário:

Nélis Neide disse...


Hoje apesar de todo o progresso ainda existem sim milhões de pessoas homofóbicas, onde, muitas vezes se escondem atras dessa homofobia por não ter coragem de assumir o que realmente são, ou muitas vezes, nem sabe que são homossexuais, e vestem essa capa de homofóbicos. Isso é triste e difícil não só para eles como também para as pessoas de seu convívio.
Maravilhoso esse texto que você escreveu e compartilhou conosco, obrigada por ser essa pessoa tão esclarecida.