domingo, 13 de setembro de 2015

Conversa com taxista


Estou dentro de uma aeronave da Azul Linhas Aéreas, trajeto Cuiabá - Goiânia. Lembrei de uma conversa até certo ponto interessante que tive com o taxista.
Ele começou puxando conversa sobre para onde eu estava indo e aos poucos, (o aeroporto é em Várzea Grande e demora um pouco de onde eu estava até lá), a conversa foi se desenrolando e caiu no plano, relacionamentos.
Iniciou falando de conversas de passageiros contando que em decorrência de viagens constantes, acabaram sendo traídos por suas esposas. Contou que tinha um tio que era muito sem vergonha, chegando ao extremo de pegar qualquer mulher que piscasse ou olhasse pra ele. O interessante que todas as mulheres eram fáceis, pau para toda obra, diferente de sua esposa que era uma Santa e sagrada. Santa ingenuidade.

Isso me remeteu a uma conversa que tive com um amigo que admiro muito, que para minha surpresa, confidenciou-me que estava transcorrendo um mês que havia separado da esposa, tendo em vista que ela pediu a separação para viver sua vida como queria. Em suas conversas sobre a separação, ele ficou sabendo que ela estava tendo um caso enquanto ele viajava à trabalho.
Daí, durante a nossa conversa, ficaram expostas às mágoas, quando ele disse que ela era isso, era aquilo e mais alguns predicados. Deixei ele desabafar e perguntei se poderia fazer algumas perguntas pra ele refletir. No que concordou, comecei assim:
1 - Você parou para analisar qual o motivo para essa atitude dela?
2 - Será que somente ela é a culpada por essa postura?
3 - Vocês, discutiam sempre sobre a condução do casamento, a rotina como era encarada, como era a visão de cada um sobre a relação?
4 - Qual era o sentimento dela em relação à você e vice-versa?
5 - Na visão dela, o que você estava ou poderia estar fazendo para melhorar a relação, o desejo e as responsabilidades de cada um?
6 - O que era pra você um casamento feliz e completo? E para ela também? Você saberia dizer sobre o que você conhecia de sua mulher? Seus desejos, suas vontades, suas necessidades?
7 - Como era o sexo de vocês? Coca-cola, Fanta ou Sprite?
Existem milhares de perguntas que podemos fazer no dia a dia de um casamento para nos mesmos, bem como para nossa companheira ou companheiro.
O que acontece sempre é que, não nos preocupamos com isso, sabe porquê?
Porque quando se trata de relacionamentos, a nossa tendência é de miopia.
Não pertencemos à ninguém, temos alguém do nosso lado, quando a deixamos encantada ou superamos as suas expectativas.
Ter uma mulher deitada na cama do nosso lado, não quer dizer que estamos acompanhados e da mesma forma que a mulher ter um homem na cama ao seu lado, também não é sinal que esteja acompanhada.(palavras ditas pelo Padre Fábio de Melo).
O amor, a paixão, o tesão, deriva do companheiros, do respeito, da dedicação e da realização de tudo aquilo que projetamos, realizamos e somos correspondidos.
Depois disso, não conversamos mais sobre sua separação e como ele está enxergando a nova vida como solteiro.
Torço que seja feliz e veja o relacionamento conjugal por outro prisma.

Um comentário:

Nélis disse...

Concordo com você amor, uma relação de companheirismo não se resume só em um mas sim em ambos,
não sou eu ou você...somos nós. E tudo isso que escreveu nós pelo menos tentamos fazer sempre que possível, acho que por isso nossa relação é plena, tranquila e acima de tudo com muito amor e confiança!! Te amo!