
Foto: Meu arquivo pessoal
Tem certos dias que penso muito em minha gente, e sinto meu peito apertar, até parece que tudo acontece de repente, como um desejo de viver sem ninguém notar. E aí me dá uma tristeza no peito, não sei, como pode um peito sentir tristeza? Mas, no entanto, feito um despeito de não ter como lutar.
Ah! Mudando de conversa, estava esperando meu almoço, sentado em uma cadeira anexa a mesa 17, num cantinho do restaurante, como tem sido ultimamente minha vida de viajante. De repente, comecei a pensar, qual seria o pensamento de uma pessoa que sem mais, nem menos, descobriu portadora de uma doença grave, que poderia levá-la ao risco de morte em pouco tempo. Pensei especialmente em duas pessoas, o ex-presidente Lula e o ator Reinaldo Gianecchini.
Fiz um comparativo da situação dos dois astros com uma pessoa qualquer, sob a mira de uma arma. Será que os sentimentos de medo são idênticos?
Não sei! Mas, acho que com base no que estou sentindo ao ter que fazer um cateterismo no mês que vem, não reflete nem a metade do medo que eles devem estar sentindo. Tenho pensado mais na minha responsabilidade profissional que no momento impera sobre a pessoal. Recebo críticas, é claro, mas a vida me ensinou a ser assim.
Tenho feitos reflexões profundas diariamente sobre tomar uma atitude de mudança, não para viver o que ainda não vivi, mas para pelo menos, procurar viver o suficiente para realizar alguns sonhos guardados e a espera de oportunidades melhores de rendas, e, consciente que fico perdendo o convívio diário e gostoso com minha gente, minha vida e meus amores.